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O recente cenário que expõe, o aumento da presença da mulher na vida social e política do país têm se firmado pela organização e sensibilidade. Não aconteceu diferente na Assobecaty, as mulheres constroem a história da entidade. Está na raiz do terreiro ser uma casa de mulheres. Mãe Quiná iniciou a missão religiosa em Pelotas, passando para Mãe Carmen de Oxalá.
A conscientização da dirigente da entidade é fundamental para a afirmação da identidade, assim como para a reconstrução histórica de luta das mulheres, sendo um dos fatores fundamentais para alcançar as conquistas dos espaços religiosos políticos e sociais que a Assobecaty ocupa atualmente.

terça-feira, 31 de maio de 2011

7º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=56891

As inscrições para a 7º edição do Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero terão início nesta quarta-feira (1), e se encerrarão no dia 16 de setembro deste ano. O Prêmio faz parte do Programa Mulher e Ciência da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), que estimula a produção científica e a reflexão acerca das relações de gênero, mulheres e feminismos no País e promove a participação das mulheres no campo das ciências e carreiras acadêmicas.

O concurso premia redações e artigos científicos dos estudantes de ensino médio; estudantes de graduação; graduados, especialistas, estudantes de Mestrado; Mestres e estudantes de Doutorado.

WebRep

Overall rating

ONU e os direitos das mulheres

[http://www.clam.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=_BR&infoid=8151&sid=4]

A ONU e os direitos das mulheres
Em meados de abril, a 44ª Sessão da Comissão de População e Desenvolvimento (CPD) da Organização das Nações Unidas (ONU) discutiu temas que, ainda hoje, configuram um panorama de desigualdade e desrespeito aos direitos das mulheres. Presente na reunião, a advogada do Ipas Brasil Beatriz Galli afirma, em artigo para o CLAM, que, apesar de a Conferência do Cairo, em 1994, ter definido compromissos internacionais sobre saúde reprodutiva a partir de uma perspectiva de direitos humanos, os desafios ainda persistem. Nesta semana em que se comemora o Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher (28 de maio), os impasses na reunião da ONU sobre temas como mortalidade materna, aborto, gravidez, contracepção e feminização do HIV/Aids atestam os obstáculos que emperram a extensão dos direitos da mulher.

Clique aqui para ler o artigo .
Publicada em: 25/05/2011 �s 11:50
artigos e resenhas

CLAM

segunda-feira, 30 de maio de 2011

ASSOBECATY – Começa a se transformar junto com o Pronasci

Território de Paz chega ao bairro de Santa Rita onde está Assobecaty

 

 

logo aasssobecaty

Os bairros Jardim Santa Rita – Cohab, estão passando por transformações , que não vai ser diferente com as organizações que tem trabalho voltado a comunidade local. Esta é a nosso realidade, Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá , em Guaíba, começará a se transformar conforme vão sendo intalados as politicas de investimento do Governo federal, através do  Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), que inova no enfrentamento ao crime, com proposta de diminuir a  criminalidade nas regiões metropolitanas mais violentas do Brasil. Transformar esses bairros , que são apontado pelas estatísticas com alto indice de violência e vulnerabilidade em um Território de Paz ,  significa levar o Pronasci para o dia-a-dia da comunidade. Vários projetos funcionarão ao mesmo tempo e com um só objetivo: melhorar a vida dos moradores, com menos violência e mais cidadania.

Terça – feira, forão chamados representantes de organizações para relatarem sua história dentro da comunidade,  com esse material recolhido, através de depoimentos, fotos, registros ,  será realizado a memória descritiva, vai ser editado um livro.  Nos colocamos da seguinte forma, se o terreiro acolheu e abrigou durante anos a comunidade, sem nenhum recurso, pela vulnerabilidade da comunidade aprendemos a trabalhar com as dificuldades que não se resume ao campo da religião de matriz africana e umbanda, se estende  desde a assistência as crianças , área da saúde e meio ambiente  ( violência doméstica, prevenção ao uso de  drogas, prevenção da aids, comunicação  (comunitária, Web ,impressa) Patrimônio Imaterial e Cultura , inclusão digital. Agora , nos organizamos ainda , mais para podemos dar continuidade ao trabalho junto a comunidade com a mesma dedicação. Agora com um significativo diferencial, com recurso público, onde quem ganha é a qualidade de vida para todos ,em especial dos jovens adolescentes.

No encontro, estavam representantes da diversidades de  seguimentos responsáveis pela formação do  bairro, sendo muito gratificante o reconhecimento da força do trabalho  da casa de religião afro, para o desenvolvimento do bairro.  Após reunião de  planejamento, para nossa transformação junto com o Pronasci, a parceria da Assobecaty e a Associação Conexão Comunitária, de realizarem 1º Ciclo de Cine Intervenção, através da sala de Cinema,   abrindo um ciclo de debates com a comunidade, com  o filme  Quanto vale ou é por kilo  para o dia 11 ás 16 horas. na Rua. Weneslau Fontouran, 226, Jardim Santa Rita- Guaíba-RS- Brasil.

Acompanhe a Sinopse

Quanto Valen ou é por Quilo?

Título original: (Quanto Vale ou é por Quilo?)

Lançamento: 2005 (Brasil)

Direção: Sérgio Bianchi

Atores: Ana Carbatti, Cláudia Mello, Myriam Pires, Leona Cavalli.

Duração: 104 min

Gênero: Drama

Status: Arquivado

Quanto Vale ou é por Quilo? - Cartaz

Sinopse

Uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, que forma uma solidariedade de fachada. No século XVII um capitão-do-mato captura um escrava fugitiva, que está grávida. Após entregá-la ao seu dono e receber sua recompensa, a escrava aborta o filho que espera. Nos dias atuais uma ONG implanta o projeto Informática na Periferia em uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, precisa agora ser eliminada. Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver.

Axé de Mãe Carmen de Oxalá

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Pesquisa mapeia sexologia no Brasil

 

Os resultados da pesquisa “Sexualidade, Ciência e Profissão no Brasil” já estão disponíveis para download. O lançamento aconteceu no último dia 13, em mesa redonda coordenada pelo antropólogo Sergio Carrara e que reuniu as pesquisadoras Jane Russo (IMS/UERJ) e Fabíola Rohden (UFRGS), coordenadoras da pesquisa no Brasil.
Os resultados do relatório referente ao Brasil, que teve a participação dos pesquisadores Igor Torres, Livi Faro e Marina Nucci, mostram de que maneira o campo profissional da Sexologia se estrutura no país. O mapeamento do campo foi realizado a partir de análise de publicações, investigações em eventos e congressos e entrevistas com os principais profissionais da área. O relatório brasileiro faz parte da pesquisa “Sexualidade, Ciência e Profissão na América Latina”, que é fruto de uma parceria entre o CLAM/IMS/UERJ e o Inserm (Instituto Nacional de Saúde e da Pesquisa Médica), da França. O relatório brasileiro é o primeiro de uma série de resultados de países latino-americanos, entre eles Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru.
Durante a mesa redonda foi discutida a chamada “medicalização da sexualidade”. No Brasil, a institucionalização da sexologia aconteceu na década de 80, época da criação do Núcleo de Sexologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro (SGORJ). “A sexologia surge a partir da medicina, mais especificamente da ginecologia obstetrícia, mas já começa sendo um campo multiprofissional, que conta com médicos, psicólogos, educadores”, explicou Jane Russo.
A partir dos anos 90, o campo da sexologia é deslocado para a urologia, com o surgimento da medicina sexual, que tem foco na sexualidade masculina e em disfunções sexuais de homens. “Se antes o foco da sexologia eram as mulheres, com a emergência da medicina sexual o foco passa a ser o público masculino e a sexualidade passa a ser concebida a partir de uma perspectiva totalmente biomédica”, relatou a pesquisadora.
Atualmente, a medicina sexual conta com amplo financiamento por parte de laboratórios farmacêuticos, que patrocinam congressos e seminários promovidos pelaAbeis (Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual). “A medicina sexual parece estar ocupando um espaço antes ocupado por teorias e visões psicológicas do ser humano, das quais a sexologia fazia parte”, completou.
“A medicina sexual é muito profissionalizada e institucionalizada. Ela caminha lado a lado com a medicalização da sexualidade. Desde o lançamento do Viagra pelo laboratório Pfizer, em 1998, nós assistimos a uma nova era no processo de medicalização da sexualidade masculina”, afirmou a pesquisadora Fabíola Rohden (UFRGS), que, ao lado de Jane Russo, coordenou a equipe brasileira.
Outro assunto discutido durante o encontro foi a relação entre a medicalização e farmacologização da sexualidade e os direitos sexuais. Apresentada na fala da pesquisadora Fabíola Rohden, a
New View Campaign é um exemplo de organização voltada para a garantia dos direitos sexuais. Criada em 2000 pela sexóloga canadense Leonore Tiefer, a organização busca estabelecer uma crítica ao modelo médico e às indústrias que promovem drogas voltadas à sexualidade feminina. “Esse movimento se opõe à noção de uma ‘sexualidade feminina normal’, afirmando que a sexualidade da mulher é mais complexa. A perspectiva é interessante, no entanto, precisamos ficar atentos a uma reificação dos gêneros”, alertou Fabíola Rohden.
O próximo passo da pesquisa latino-americana é realizar uma análise comparativa entre os campos da sexologia nos países pesquisados. O relatório com os dados recolhidos na Argentina será o próximo a ser divulgado, ainda sem data definida.
Para ter acesso ao relatório brasileiro completo, clique aqui.

CLAM
[http://www.clam.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=_BR&infoid=8155&sid=7]--

Nota do CFP sobre a suspensão do ki...

[http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110527_001.html]

O Conselho Federal de Psicologia vem externar sua preocupação com a suspensão do kit anti-homofobia, uma vez que esse material constitui-se um dispositivo importante e qualificado, técnica e politicamente, para a discussão do preconceito contra homossexuais na perspectiva dos processos educativos. A formação de jovens e adolescentes pressupõe necessariamente a valorização da cidadania plena, do respeito às diferenças e da promoção dos direitos humanos.

Nesse sentido, elaboramos um parecer favorável acerca da utilização deste material educativo compreendendo o papel da escola na formação de sujeitos livres, autônomos e protagonistas dos seus próprios destinos.

Esperamos que a ampliação do debate público proposto pela presidenta não culmine com a prevalência das posições conservadoras, preconceituosas e homofóbicas, firmando uma posição neste país que a verdadeira democracia com conquistas sociais não pode ser aviltada.

Esse parecer do Conselho Federal de Psicologia foi encaminhado ao Ministério da Educação e outros órgãos diretamente envolvidos com a questão dos direitos humanos, constituindo-se um posicionamento oficial da autarquia.

Conselho Federal de Psicologia

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Noite de Autógrafos na Casa de Cultura Mário Quintana

 

LANÇAMENTO DO LIVRO 'COISAS DO POVO SANTO'

A Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá (Assobecaty) promove no dia 4 de junho (sábado), às 20h, na Sala de Convenções A2B2 da Casa de Cultura Mario Quintana, o lançamento do livro “Coisas do Povo Santo”, da SRS Editora. A autoria é do Doutor em Lingüística da USP, Sidnei Barreto Nogueira, com uma pequena participação de Carmen Lucia Silva de Oliveira, diretora espiritual da entidade, com sede em Guaíba (rua Venceslau Fontoura, 226, Jardim Santa Rita), cuja relação com o autor se dá em função de seu conhecimento na língua yorubá. Ela assinou a orelha da obra literária, que abre a série “Pensando a África no Brasil”.
Em alusão aos 77 anos de resistência e 23 anos de conotação jurídica, a Assobecaty aderiu à campanha do ano afrodescente declarado pela ONU, realizando atividades mensais desde fevereiro, como a festa de aniversário da entidade, que reuniu gestores municipais, estaduais e federais. Em março lançou a Revista Online Conexão Afro e participou da comitiva da titular da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Luiza Barros e em abril realizou uma reunião em Esteio, reunindo representantes da Região Metroplitana. No último dia 13 esteve presente na Assembléia Legislativa, na roda de conversa de mulheres negras, que se propõe a ouvir mulheres negras de outros lugares para escutar suas idéias e anseios. O movimento surgiu a partir da constatação de que no movimento negro não há muito espaço para as mulheres se expressarem e os próximos encontros estão previstos em Canoas, Alvorada, dia 15 de junho e Porto Alegre, em 25 de julho.
SERVIÇO:
Dia: 4 de junho de 2011 (sábado).
Horário: 20h.
Local: Sala A2B2 – 2º andar da Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736).
ENTRADA FRANCA

Todos os direitos para as trabalhadoras domésticas

 

QUA, 27 DE ABRIL DE 2011 17:20 ADMINISTRADORA

creuza-oliveiraA Articulaçao Feminista Marcosur (AFM) lança Campanha por uma Convenção para o Trabalho Doméstico no Brasil, Paraguai e Uruguai. A mobilização é uma das ações de apoio à ação das trabalhadoras domésticas na próxima Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que acontece em Genebra, em junho próximo.

Durante a Conferência será discutida uma convenção e/ou recomendaçao sobre "trabalho decente" para essas trabalhadoras. No âmbito da OIT, esse tipo de deliberação contribui para fortalecer a luta das domésticas por reconhecimento de direitos, em todos os países. Na realidade brasileira, as domésticas não têm acesso a 27 direitos trabalhistas, dentre os que estão garantidos às demais categorias profissionais.

Campanha

Para difundir as reivindicações das trabalhadoras, a Marcosur está divulgando uma série de “VTs”. Os vídeos abordam algum problema enfrentado pelas domésticas na América Latina, demonstrando a importância de uma Convenção e Recomendação da OIT sobre Trabalho Doméstico. Um novo VT será divulgado a cada semana, até a realização da Conferência, em junho.

Neste período, as organizações que integram a AFM estarão apoiando as organizações das trabalhadoras do Brasil, Paraguai e Uruguai na realização de encontros, nos quais será preparada a incidência desses países em Genebra. Está previsto um Encontro Regional dias 21 e 22 de maio, em Assunção, capital do Paraguai, que será precedido de um encontro nacional, que acontece dias 10, 11 e 12 de maio, em Brasília.

Acompanhe a Campanha no blog:
http://trabajadorasdomesticasdelmercosur.blogspot.com/

 

Mais informações:
Verônica Ferreira e Betânia Ávila, da Articulação de Mulheres Brasileiras / SOS Corpo.
Fone: (81) 3087.2086
sos@soscorpo.org.br

Trabalho doméstico no Brasil tem o ranço da escravidão

Ricardo Koiti Koshimizu / Agência Senado

domesticas-senado2EEstima-se que haja mais de sete milhões de trabalhadores domésticos no Brasil, dos quais cerca de 95% seriam mulheres. Além disso, o governo federal avalia que a maioria das empregadas domésticas são negras. Por essa razão, vários participantes de debate realizado pelo Senado nesta quarta-feira (27) afirmaram que a situação das empregadas domésticas no país ainda está vinculada a problemas de gênero e raça, entre outros fatores, e remete à escravidão.

Brasileiro é condenado à prisão perpétua na Suíça por estuprar menina de 4 anos

uma menina de quatro anos na cidade suíça de Lucerna, foi condenado à prisão perpétua após o Tribunal Federal suíço rejeitar nesta quinta-feira (26/05) um último recurso. No dia do crime, o homem, que na ocasião tinha 21 anos, iria se encontrar com um traficante de cocaína, mas errou de apartamento. Na outra casa estavam uma mulher de 77 anos e sua neta, de quatro. Após bater na avó até deixá-la inconsciente, ele estuprou a menina.
O agressor foi detido e identificado por meio de um teste de DNA. Em um primeiro momento, ele foi condenado à prisão perpétua, mas após a apresentação de um primeiro recurso ao Tribunal Federal, esta sentença foi cancelada e o tribunal cantonal de Lucerna o condenou a sete anos de prisão por estupro, relações sexuais com crianças e lesões corporais graves.
Ele também foi obrigado a passar um tratamento psicoterapêutico em uma clínica. Nesta quinta-feira, no entanto, o Tribunal Federal confirmou a condenação à prisão perpétua depois que uma investigação realizada em 2010 mostrou, de acordo com os analistas, que o homem era "incurável" e que o tratamento não podia ter êxito.

Leia mais:
A pena de morte é efetiva?
ONU denuncia pelo menos 303 estupros no Congo ex-Zaire
Garoto de 13 anos pode ser condenado à prisão perpétua nos EUA
ONU reconhece que pode ter falhado na proteção de mulheres e crianças no Congo
Fonte: Universidade Livre Feminista

terça-feira, 24 de maio de 2011

O aborto através de uma abordagem sociológica

[http://www.ipas.org.br/arquivos/AbortoClandestino_AbordagemSociolagica.pdf]
Simone Mendes Carvalho
Graciele Oroski Paes
Joséte Luzia Leite
RESUMO

Esse estudo teve como principal objetivo analisar a experiência de mulheres jovens que recorreram ao aborto clandestino, visando contribuir para a melhoria dos serviços saúde reprodutiva na atenção primária à saúde, na perspectiva da integralidade e da promoção da saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que se fundamenta nas especificidades inerentes à pesquisa social, compatível com o tratamento do tema do abortamento clandestino em jovens como fenômeno social complexo. O aumento da fecundidade entre jovens e adolescentes e as práticas de abortamento inseguro, são fatores preocupantes na saúde reprodutiva desse grupo, principalmente quando ocorrem em situações sociais caracterizadas pelo desemprego, a baixa escolaridade e a pobreza, os quais geram situações de extrema vulnerabilidade. Entrevistas semi-estruturadas foram realizadas com 16 mulheres jovens de 18 a 29 anos que tinham recorrido ao aborto clandestino em algum momento de suas vidas, sendo referidas das unidades atendidas pelo Programa Saúde da Família do município de Cabo Frio – RJ. Os resultados dessa pesquisa mostraram uma rede vulnerável, entrelaçada por várias situações, dentre elas: a dificuldade financeira, a gravidez precoce, a instabilidade na relação com o parceiro bem como a dificuldade na tomada das decisões reprodutivas. A ocorrência dos casos de aborto foi maior em gravidezes resultantes de relações instáveis e com parceiros diferentes, num contexto de dificuldades financeiras, podendo este ser considerado como o fim da linha do processo da desfiliação, em contextos onde o desemprego e a pobreza fragilizam as relações familiares, e essas não conseguem ter sustentabilidade.
Clique aqui AbortoClandestino_AbordagemSociolagica.pdf (objeto application/pdf)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

SIMPÓSIO SOBRE ESTUDOS DE GÊNERO E POLÍTICAS PÚBLICAS - II Simpósio

A Universidade Estadual de Londrina promove o II Simpósio Gênero e Políticas Públicas nos dias 18 e 19 de agosto de 2011.
As inscrições do evento estão abertas até 31 de julho. Para a inscrição de trabalhos, a data limite para o envio dos resumos é 1º de junho
.
Mais informações sobre a programação clique aqui.

O SURDO, O CEGO E O ELEFANTE BRANCO

 


Imagem publicada - um elefante branco, ou seja um elefante que está pintado como um tigre, que tem uma máscara de um tigre, mas é um elefante, transvestido e com faixas pretas de tigre pintadas, ou seja o que nós chamamos de uma situação que parece mas não é... um pouco parecido com o momento do movimento político das pessoas com deficiência na defesa do direito à Educação Inclusiva... Estão querendo, como no reino de Sião (hoje Tailãndia), nos entregar um ''elefante branco'', estatutariamente construído, que pode nos levar até a "falência" de direitos conquistados, pois: ..."esses animais necessitavam de toda uma equipe para lhes prestar cuidados e, sendo sagrados, não podiam ser postos para trabalhar, de modo que, se tornavam uma pesada carga financeira, capaz de levar à ruína qualquer um que não fosse muito rico.". O elefante segura, com a tromba, uma placa com um rugido "Roar", completando a sua fantasia de tigre.
Um dia um homem cego encontrou-se com um velho amigo seu. Este era surdo. Ambos viviam em um planeta, como aquele do Pequeno Príncipe. Um microplaneta solitário, quase solidário. Lá as autoridades legais tinham estabelecido uma série de leis e de discursos que os faziam se sentirem "quase iguais". Porém, pela chamada ''natureza humana'', muito mais para a discórdia do que para a concórdia, eles começaram a discutir sobre seus modos de ''ver'' e ''escutar'' o mundo. Assim como o modo de interpretar essas leis e discursos. Os dois tinham suas razões. Tinham também muito mais é emoções, subjetividades e afetos misturados em suas propostas de discordância. Eles eram e são diferentes.
Ambos marcavam sempre um encontro para trocarem seus ''insultos'' midiatizáveis. Ambos também já trocaram, no passado, muitas gentilezas. O que os afastava, hoje, era que o cego defendia, ardorosamente uma nova constituição legal, chamada de Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Ela foi promulgada em um outro espaço sideral. Em uma reunião dos diferentes microplanetas humanos, também com muitas discordâncias. E, após muitas lutas conseguiu-se torná-la um decreto, uma emenda constitucional do nosso novo século.
Ambos, cegos e surdos, estavam agora defendendo aparentes polos opostos em suas diferenças. Nos é comum, quando o Outro, o diferente de mim, me questiona ou interpela que eu me faça sempre como divergência, principalmente se não o ''vejo'' ou o ''escuto". Os nossos paradigmas, como perpectivas dominantes ou hegemônicas, sobre o que é a verdade da autoridade podem se naturalizar. Podemos negar as diferenças e singularidades desse alter ego.
Um tal de Saussare disse que a diferença é fundamentada na linguagem. E, como o cego ''dizia que'' não via o que Outro via, enquanto o surdo "dizia", em Libras que não escutava o que o cego captava, lá iam os dois alimentando sua pendenga. Caminhando na mesma estrada, pisando nas mesmas pedras no caminho, tendo os mesmos obstáculos que exigem a cooperação de ambos. Porém, entretanto, todavia, contudo "diziam" que no riacho ou na encruzilhada, que chamamos de Inclusão, que a sua margem ou seta continha a perfeição. Ambos teimavam ter a verdadeira travessia ou ou verdadeiro caminho.
Um dia, quando ambos estavam, como disse Empedócles, antes de pular no vulcão: em plena discórdia. Aguerridos e prestes a se engalfinhar. Eis que surge, oportunamente, um tal de representante político do Planalto Central para complicar suas vidas. Estavam quase conseguindo ver e enxergar suas diferenças. O tal representante popular lhes trouxe um complicador. Ele trazia, preso à uma corrente, um Elefante Branco. E, aos dois duelistas, insistia em apresentá-lo como a possível concórdia para todos e todas, cegos e cegas, surdos e surdas. Universalmente e indiscriminadamente deficientes. Segundo suas falácias e falas o animal paquidérmico seria a solução de seus debates excludentes.
Aos dois, que insistiam que havia uma única maneira de educar seus filhos cegos ou surdos, ou seja, de forma totalmente protegida e especial, o representante trouxe uma enorme, gigantesca e tangível questão/solução. Como apresentava, por seu carisma, um discurso novo sobre diversidade, identidade e diferença, o representante planáltico os convenceu a fazerem uma trégua. Enquanto não conseguissem descrever com minúncias e detalhes toda a extensão do paquiderme, assim como descrever com fidedignidade todas as formas de ruídos por ele emitidos, não poderiam ter a resposta da sua disputada busca pela afirmação de seus singulares direitos.
E o cego, imbuido da suas ferramentas assistivas e ajudas técnicas, passou a mesuração e esquadrinhamento de toda a pele do elefante. Ao mesmo tempo que o surdo, após um implante coclear e usando a Libras tentava se comunicar com o animal. Ambos, mais uma vez, caminharam muito próximos de uma solução. O que os afastou novamente teria sido o peso do elefante? a sua cor não visível para o cego? o som ensurdecedor de sua tromba para o surdo? ou apenas a dimensão minúscula dos seus pelos e seu pequeno rabo? ou as politicagens do astuto representante planáltico, de olhos e orelhas em pé apenas nos dois votos?
O que me leva a escrever essa ''estória'' é a possibilidade de um retrocesso do que levou anos para ser conquistado. Quando soubermos todas as respostas sobre o Elefante Branco da macropolítica, se nos ''acordamos'' (do latim cordis=coração), ou seja nos colocarmos mais nos afetos comuns do que nas mentes egolátricas e vaidosas, talvez possa ser muito tarde para entender nossa história. Mais ainda, entender como nos enredamos nos descaminhos das supostas identidades engessadas. Eu sou cego, você é surdo, mas nos denominam a ambos como ''deficientes''.
Minha filha me fez reler, hoje, um conto do Congo, onde um sapo e um macaco se encontram na amizade, mas ao frequentarem os diferentes espaços familiares de cada um passam pela desigualdade de hábitos, culturas e modos de ser. Após um desencontro e risco para sua amizade descobrem que ''são diferentes'', quando um sábio macaco velho lhes mostra quão mesquinhos e egoístas tinha sido os pais de cada um. Para um trabalho escolar ela retirou do conto a seguinte máxima: "O mundo é povoado de pessoas discordantes. É a diferença entre elas que as torna interessantes, quem aceita e compreende isso enriquece, quem recusa, coitado, se empobrece". Eu diria: - ganha de presente um Elefante Branco.
Há, para mim em minha convicção momentânea, um quê de sabedoria nas histórias ancestrais. Elas tem, como as histórias dos dervixes, uma série de metáforas embutidas ou explícitas sobre nossa condição humana. E, se fosse possível sintetizar o que lhes quero provocar, diria a máxima popular: "cada macado no seu galho", enquanto "as raposas políticas continuam fazendo a festa no galinheiro", e, nós, chamados de incapazes ou incompetentes diante do Elefante Branco, não enxergando/auscultando o engodo da disputa sem saída sobre inclusão escolar, acabaremos ''engolindo mais um sapo''...
Por mais que sejam nobres nossas causas, em defesa de nossas culturas, ou posições ideológicas, nossos afetos nos impedem de "ver, escutar, sentir, dimensionar, tocar, descobrir...".Temos de ir além, refletindo que a identidade e a diferença são processos de produção social, e, como tal, são e serão processos que envolvem relações de poder.
Aos dois querelantes imaginários, ou melhor às radicalidades atuais sobre o processo de inclusão escolar, agora em debate, solicito a inclusão do verbo POLITIZAR, antes mesmo do verbo militar. Já dizia o querido Guattari, sobre a revolução molecular: "militar é agir..." micropoliticamente, e não "grupelhizar".
Vamos aprender, multiculturalmente, a linguagem diferente que permitiu a Gennet de Corcuera, em sua surdocegueira, chegar até a Universidade... e nesse devir mulher, negra, etíope e ''nem lá, nem cá'', nem surda e nem cega, muito pelo contrário, aprender outra língua, o espanhol, que não é o dialeto/diferença de seu povo original, e,transculturalmente, superar as discriminações e barreiras a partir do afeto que recebeu e retribuiu, agora incluirá... e incluiremos, diferentemente.

copyright jorgemarciopereiradeandrade (favor citar o autor e as fontes em republicação livre pela Internet ou outros meios de comunicação de massa)
Conto do Congo - Amigos para a vida inteira - pág.12 - in Pequenos Contos para Crescer - Mario Urbanet & Albena Ivanovitch-Lair, Ed. Companhia das Letrinhas, São Paulo,SP, 2009.
Imagens de elefantes que ''não são elefantes'' - http://triviaveg.blogspot.com/2008/02/cad-o-elefante.html
Lendas e curiosidades que envolvem o maior animal da Terra -
http://www.seuguara.com.br/2010/03/lenda-e-as-curiosidades-que-envolvem-o.html
Sobre Gennet de Corcuera -
http://www.elpais.com/articulo/sociedad/Alguna/gente/cree/condicion/han/puesto/facil/elpporsoc/20060929elpepisoc_6/Tes
Uma Luz no Fim do Livro - meu texto em:
http://www.feneis.com.br/page/noticias_detalhe.asp?cod=228
Leia também no blog:
A Inclusão Escolar ainda usa fraldas? -
http://infoativodefnet.blogspot.com/2010/07/inclusao-escolar-ainda-usa-fraldas.html
Direitos Humanos como questão para a Educação Inclusiva -
http://infoativodefnet.blogspot.com/2010/05/imagem-publicada-uma-foto-de-tres.html
Inclusão, Racismo e Diferença -
http://infoativodefnet.blogspot.com/2011/05/inclusao-racismo-e-diferenca.html
Por uma Mídia que se preocupe com a sua língua -
http://infoativodefnet.blogspot.com/2009/12/por-uma-midia-que-se-preocupe-com-sua.html

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Opinião : atividade do 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras

"...Liberdade, essa palavra

que o sonho humano alimenta

que não há ninguém que explique

e ninguém que não entenda..."

                                                                                                                                                   Cecília Meireles

É  notório a  importância vital do trabalho das mulheres . Aliás, podemos mesmo dizer que sem a sua força produtiva, o nosso país não seria o que é. A iniciativa da casa que herdei de minha mãe  Assobecaty - Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanj[a ,  foi onde desenvolvi toda a minha base ideológica, acrescido quando obtive  inspiração  nos  estudos dos artigos dos  movimentos femininos do princípio do século XX.

O nosso desejo de realizarmos uma Roda de Conversa ganha força, quando ocorrem adesão das organizações que apoiaram este evento como Grupo de Trabalho Angola Janga, Projeto Mocambo, CMP (Central dos Movimentos Populares), Associação Conexão Comunitária, Associação Cultural Sawabona Shikoba, Bibilhoteca Comunitária João Cândido, Coordenadoria de Igualdade Racial de Canoas, Associação Socioeducativa Ambiental – ONG Uriel, Grupo de Capoeira Guarda Negra .

É curioso notar que apesar dos escassos estudos sobre movimentos de mulheres negras, empoderamento, participação política, podemos concluir que existem  muito poucas  organizações femininas gauchas que trabalham com a temática, da mesma forma que temos o entendimento .que existem muitas mulheres que não aderiram essas propostas, o movimento surge para  ocupar este vácuo.

O movimento  surge fundamentalmente no contexto da luta contra as distorções bem contraditórias, por exemplo as mulheres começaram a tomar consciência cívica do seu papel produtivo na sociedade, a ver que têm poder e força , a proposta  é mostrar a importância de se manterem unidas.
A situação da mulher negra não vai ser alterada, se não tivermos um engajamento muito grande e só, engajamento não vai resolver, o que precisamos é criar consciências e isto demanda muito  esforço.

No evento 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras, reuniu na  sexta-feira 13 na Assembléia Legislativa, se reuniram  mulheres negras com histórico de lutas em inúmeros segmentos diferentes da sociedade brasileira, tinhamos ativistas da habitação, do lar, metalurgica, educadora , segurança alimentar, segurança privada, agentes politicos, gestoras, comunicadoras  populares, militante do movimento negro, griõs , religiosa de matriz africana, capoeirista  e por fim ,o momento sensível ocorreu quando uma das participantes que se  apresentou como escrava do lar,  que tenta e  não consegui se libertar, muito menos consegui lutar para deixar de ser.
Como consequência, nasce  um novo movimento ideológico de mulheres no estado do Rio Grande do Sul, um grupo que entra em ação na  luta contra as contradições existentes, pela falta de espaço político, estímulo, empoderamento, existe uma falta do feminino negro nos espaços de poder.. Em nenhum momento tivemos a pretensão de realizar um seminário, queríamos conversar com as mulheres negras, ouví-las receber seus sentimentos , durante a roda  vieram a tona sentimentos diversos. A prosa foi tão boa, que optamos em não finalizá-la estaremos dando continuidade nas seguintes datas no dia 8 de junho estaremos em Canoas, 15 do mesmo mês é a vez da Alvorada, em 25 de julho Dia da Mulher Afro-Latino -Americana e Caribenha, onde estaremos  realizando o I º Seminário 13 de Maio Abolição Não Conclusa para as Mulheres Negras.

Axé

Mãe Carmen de Oxalá

quinta-feira, 19 de maio de 2011

André contribui no debate do 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras

Na reunião chamada pela Assobecaty entidade situada nos município de Guaíba,  que também tem um enfoque de trabalho com Mulheres, possuídora de um histórico de lutar por  direitos no campo sociais. Com atuação no conselho municipal da Mulher as lutas religiosas e nas áreas da cultura, saúde, religião e comunicação comunitária.

Com apoio das organizações CMP (Central dos Movimentos Populares), Associação Conexão Comunitária, Projeto Mocambo, Grupo de Trabalho Angola Janga, Associação Cultural Sawabona Shikoba,Bibilhoteca Comunitária João Cândido, Coordenadoria de Igualdade Racial de Canoas, Associação Socioeducativa Ambiental – ONG Uriel, Grupo de Capoeira Guarda Negra a atividade  culminou em um momento impar com a presença de mulheres e homens de cidades como Canoas, Alvorada, Guaíba e Porto Alegre, com falas que acrescentaram muito na atual reflexão do papel da Mulher, situação cotidiana e real vontade de mudanças que vão e está ocorrendo na mentalidade e na consciência de cada uma ali colocada na roda de conversa inicial na qual rolou histórias maravilhosa de vida, emoções e identificação com as igualdades de Vida.

A reflexão depois e durante atividade foi a criação do Movimento de mulheres Negras que na sua maioria estavam compondo o evento, mas sempre aberto a colaboração e trocar de experiências para a continuidade das lutas que vão vir, (A TVE transmitiu na quarta feira dia 14 de maio no programa Cidadania em entrevistou a secretaria da Mulher do estado e coordenadora da Themis). A entrevista veio ao encontro de varias falas, reflexão que o encontro possibilitou nas falas de todas as mulheres que realizaram uma reflexão no dia 13 de maio a situação que a Mulher Negras , na economia que temos que olhar nesse prisma.

Foi abordada no encontro a importância de se efetivar e construir um movimento de Mulheres Negras preocupados em promover estes encontros e possibilitar a informação e a formação de outros paradigmas olhando para esta data no qual foi feita atividade.

Assim,  se afetivou a criação do movimento 13 de maio Abolição não inclusa - Movimento de Mulheres Negras. Que já tem uma agenda marcada para o dia 08 de Junho em Canoas no dia 15 em Alvorada e culminando com um debate, mas amplo no Assembléia Legislativa no dia 25 de Julho.

André de Jesus

terça-feira, 17 de maio de 2011

Editorial


Editorial

No mês de maio sempre lembramos dos dias: 18 - DIA NACIONAL DE COMBATE AO ABUSO E À EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES e 28 - DIA INTERNACIONAL DE AÇÃO PELA SAÚDE DA MULHER. A seleção de textos, links e eventos recomendados dessa edição são referentes aos temas relacionados a essas datas.

Em conformidade com as atividades relacionadas ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, Ipas Brasil esta incorporando novos conteúdos na matriz do Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil no Território Brasileiro (PAIR). O Projeto levanta todas as problemáticas que norteiam um certo "atraso cultural", já que trata da violência sexual, do aborto, do tema adolescente, que se tornam desafios para os profissionais da educação e da saúde. A partir da parceria com o Instituto Aliança com Ipas, o programa (PAIR) deverá ser disseminado. Fortaleza, Foz do Iguaçu, Campo Grande, Belém são as cidades selecionadas para implantação do Projeto.[1]

No ínico desse mês tivemos um importante avanço junto aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgarem por unanimidade a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132; reconhecendo, assim, a união estável para casais do mesmo sexo.

Destacamos, também, a iniciativa da ABONG (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais) contra o Projeto de Lei denominado Estatuto do Nascituro.

Já no mês anterior, nos dias 18 e 19 de abril o Ministério da Saúde lançou em seminário internacional, o programa nacional da Rede Cegonha que propõe a redução da mortalidade materna através de ações relacionadas ao período gravídico-puerperal. Ainda não claramente definida como Plano Nacional ou estratégia considerou ser importante tal iniciativa na medida em que tem como alvo “qualificar a atenção a saúde materno-infantil, uma estratégia de mudança de paradigma as atenção obstétrica e infantil por meio de implementação de uma rede de cuidados que assegure às mulheres o direito à gravidez, parto e puerperio seguros e humanizados, o direito ao planejamento reprodutivo e, às crianças, o direito ao nascimento seguro e humanizado, crescimento e desenvolvimento saudáveis”. Lamentamos, no entanto, que este planejamento tenha, até então, ignorado uma de suas maiores causas da morbimortalidade materna: o aborto inseguro, reconhecido como grave problema de saúde pública. E no Brasil, estimado para um total de um milhão de abortos anuais, com 230 mil internações no SUS para tratamento de suas complicações. As leis restritivas em relação ao aborto agravam a situação, e setores conservadores com fortes ligações religiosas, criam cada vez mais, barreiras para o acesso a saúde e aos direitos dessas mulheres.

Muito obrigada
Leila Adesse
IPAS BRASIL

[1] retirado da nota da PAIR de 27/04/2011

Edição completa – Maio 2011 - http://www.ipas.org.br/revista/maio11.html

Index:
IPAS GLOBAL
"Five portraits: How safe abortion saves women's lives"
Ipas 2011

BRASIL EM FOCO
"Mulheres jovens e o processo do aborto clandestino: Uma abordagem sociológica"

Simone Mendes Carvalho, Graciele Oroski Paes e Joséte Luzia Leite.

DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS
"A construção histórica dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher"
Mayara Alice Souza Pegorer - artigo elaborado com base no trabalho de conclusão de curso a apresentado no ano de 2010 à Universidade Estadual do Norte do Paraná pela autora.

SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
"Mecanismo de ação da anticoncepção de emergência"
Jefferson Drezett - Publicado no Boletim da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. Ano 9, n° 1, março de 2011. Página 13

REFLEXÕES
"Abortamento, um tema de dor"
Dora Martins - Integrante da Associação Juízes para a Democracia. Artigo originalmente publicado na Radioagência NP (Fonte Brasil de Fato, abril 2011)

COMENTÁRIO
Sobre o texto "Abortamento, um tema de dor"
Alberto Alonso Muñoz - Integrante da Associação Juízes para a Democracia.

Informações e Eventos

Ipas Notícias e clippings
» Rede Cegonha e morte materna
» Aprovação de união estável garante direitos a gays e lésbicas
» IA e IPAS firmam parceria para disseminação do PAIR
» ABONG assina Petição contra o Estatuto do Nascituro

Livros, Links e Vídeos Recomendados

Ciência e Pesquisa
"Jovens, vulnerabilidade e camisinha"
Camila Macedo Guastaferro (coordenadora do projeto Vale Sonhar no Catavento Cultural, psicóloga e educadora sexual), Juliana Cambauva (psicóloga e educadora sexual), Tamara Petric (psicóloga e educadora sexual), Regiane Araújo (monitora-estagiária), Marília Jucá (monitora-estagiária), Maiara Soares (monitora-estagiária) e Eliane Oliveira (monitora-estagiária).

Revista de Saúde Sexual e Reprodutiva IPAS BRASIL
Coordenação Editorial - Leila Adesse
Editora - Beatriz Galli
Editoração - Alessandra Foelkel
Colaboração Jornalística: Evanize Sydow

Conselho Editorial

Anna Rosas
Avelar de Holanda Barbosa
Cristião Fernando Rosas
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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Opinião : atividade do 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras

Opinião : atividade do 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras

                                                                                                                                                                ...Liberdade, essa palavra

que o sonho humano alimenta

que não há ninguém que explique

e ninguém que não entenda..."

                                                                                                                                                   Cecília Meireles

É  notório a  importância vital do trabalho das mulheres . Aliás, podemos mesmo dizer que sem a sua força produtiva, o nosso país não seria o que é. A iniciativa da casa que herdei de minha mãe  Assobecaty - Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanj[a ,  foi onde desenvolvi toda a minha base ideológica, acrescido quando obtive  inspiração  nos  estudos dos artigos dos  movimentos femininos do princípio do século XX.

O nosso desejo de realizarmos uma Roda de Conversa ganha força, quando ocorrem adesão das organizações que apoiaram este evento como Grupo de Trabalho Angola Janga, Projeto Mocambo, CMP (Central dos Movimentos Populares), Associação Conexão Comunitária, Associação Cultural Sawabona Shikoba, Bibilhoteca Comunitária João Cândido, Coordenadoria de Igualdade Racial de Canoas, Associação Socioeducativa Ambiental – ONG Uriel, Grupo de Capoeira Guarda Negra .

É curioso notar que apesar dos escassos estudos sobre movimentos de mulheres negras, empoderamento, participação política, podemos concluir que existem  muito poucas  organizações femininas gauchas que trabalham com a temática, da mesma forma que temos o entendimento .que existem muitas mulheres que não aderiram essas propostas, o movimento surge para  ocupar este vácuo.

O movimento  surge fundamentalmente no contexto da luta contra as distorções bem contraditórias, por exemplo as mulheres começaram a tomar consciência cívica do seu papel produtivo na sociedade, a ver que têm poder e força , a proposta  é mostrar a importância de se manterem unidas.
A situação da mulher negra não vai ser alterada, se não tivermos um engajamento muito grande e só, engajamento não vai resolver, o que precisamos é criar consciências e isto demanda muito  esforço.

No evento 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras, reuniu na  sexta-feira 13 na Assembléia Legislativa, se reuniram  mulheres negras com histórico de lutas em inúmeros segmentos diferentes da sociedade brasileira, tinhamos ativistas da habitação, do lar, metalurgica, educadora , segurança alimentar, segurança privada, agentes politicos, gestoras, comunicadoras  populares, militante do movimento negro, griõs , religiosa de matriz africana, capoeirista  e por fim ,o momento sensível ocorreu quando uma das participantes que se  apresentou como escrava do lar,  que tenta e  não consegui se libertar, muito menos consegui lutar para deixar de ser.
Como consequência, nasce  um novo movimento ideológico de mulheres no estado do Rio Grande do Sul, um grupo que entra em ação na  luta contra as contradições existentes, pela falta de espaço político, estímulo, empoderamento, existe uma falta do feminino negro nos espaços de poder.. Em nenhum momento tivemos a pretensão de realizar um seminário, queríamos conversar com as mulheres negras, ouví-las receber seus sentimentos , durante a roda  vieram a tona sentimentos diversos. A prosa foi tão boa, que optamos em não finalizá-la estaremos dando continuidade nas seguintes datas no dia 8 de junho estaremos em Canoas, 15 do mesmo mês é a vez da Alvorada, em 25 de julho Dia da Mulher Afro-Latino -Americana e Caribenha, onde estaremos  realizando o I º Seminário 13 de Maio Abolição Não Conclusa para as Mulheres Negras.

Axé

Mãe Carmen de Oxalá

Curas que Matam


CAMPANHA “CURAS QUE MATAM”
Uma vida sem discriminação é um direito

Em 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) excluiu a homossexualidade da “Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde”. Por isso, todos os anos celebra-se nesta data o Dia Internacional contra a Homofobia, Lesbofobia e Transfobia. Apesar da transexualidade ainda figurar neste manual como uma disforia de gênero, em muitos países o consenso médico afirma que às pessoas trans deve-se assegurar o tratamento para que o corpo se adeque à sua percepção de gênero. A OMS e o sistema internacional de direitos humanos também desautorizam qualquer tipo de tratamento que proponha a cura da homossexualidade.

Apesar disso, no mundo inteiro e em distintos contextos sociais e culturais da América Latina e do Caribe, a cada ano se multiplicam os casos de pessoas internadas em instituições chamadas de “clínicas psiquiátricas” endossadas e/ou mantidas por certas instituições religiosas e até públicas. O desejo sexual por outras pessoas do mesmo sexo ou sua percepção de gênero diversa são considerados por estas instituições e quem as mantém como um “desvio de personalidade” que pode ser “corrigido” através do perdão e de crenças religiosas, o que se alcança por meio do castigo, tortura física e psicológica.

Não conseguindo “curar” seu desejo, os sentimentos de culpa e baixa auto-estima em muitos casos desencadeiam comportamentos autodestrutivos, podendo chegar inclusive ao suicídio. Jovens e adolescentes são as pessoas mais vulneráveis a isso. Este tipo de iniciativas, baseadas geralmente em premissas religiosas, incentivam e propiciam agressões verbais, físicas e até o homicídio de pessoas por causa de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero. Todas estas são mortes evitáveis a que os Estados devem dedicar atenção e tomar medidas de prevenção.

A homossexualidade, a lesbianidade e a transexualidade são expressões da diversidade humana e estão protegidas pelos princípios de liberdade, igualdade e dignidade humana reconhecidos na Declaração Universal de Direitos Humanos e outros instrumentos internacionais. No entanto, o discurso intolerante do fundamentalismo e do integrismo vem ocupando cada vez mais espaço onde se deveria atuar com base no princípio da laicidade, ou seja, os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Desta maneira, influenciam decisões que deveriam atender a princípios do Direito e normas estabelecidas nos níveis internacional, nacional e local, e não aos livros sagrados de uma ou outra religião, por mais majoritária que esta seja.

Nós que apoiamos a campanha “CURAS QUE MATAM” nos opomos às “terapias de cura” da homossexualidade, lesbianidade e transexualidade em toda América Ltina e Caribe. Reconhecemos positivamente a existência de vozes religiosas em favor da aceitação e do respeito a todas as formas de viver e nos unimos em um chamado a líderes religiosos para que sejam coerentes com os princípios e direitos de respeito à vida, à igualdade, à dignidade e à diversidade, e que se abstenham de promover a lesbofobia, homofobia e transfobia em nome de suas crenças pessoais.

DEMANDAMOS que os governos observem o princípio de laicidade dos Estados latinoamericanos e caribenhos e tomem medidas concretas para combater as práticas “reparadoras” da homossexualidade e transexualidade, incluindo-se a interrupção de qualquer financiamento público a instituições ou indivíduos que não estejam claramente distanciados dessas práticas.

DEMANDAMOS que as instituições nacionais ou locais de saúde pública estabeleçam ou fortaleçam regulamentações que retirem dos sistemas de saúde público ou privado as pessoas que pratiquem ou promovam práticas “reparativas”.

INSTAMOS que doadores privados e financeiras incluam como critério para aprovação de solicitações de apoio a rejeição ao discurso de terapias “reparativas” que atentam contra os direitos humanos.

SOLICITAMOS que as autoridades religiosas condenem firmemente o uso de discursos que propõem e/ou promovem processos de “reparação”, e que promovam a aceitação da diversidade sexual e de gêneros.
Para mais informações sobre os objetivos da campanha e para assinar o Manifesto Internacional em apoio à campanha, visitewww.dayagainsthomophobia.org

Esta mensagem foi enviada pelo Observatório de Sexualidade e Política (SPW). Se não deseja mais receber nossos informativos, por favor,clique aqui

Documentário Saúde Participativa

O documentário Saúde Participativa é parte da pesquisa “Participação, Distribuição e Consumo de Serviços de Saúde no Município de São Paulo” e trata da realidade dos Conselhos Gestores de Saúde no Município de São Paulo. O documentário apresenta um pouco da história, do cotidiano e dos dilemas enfrentados pelos conselhos locais e Municipal de Saúde da cidade de São Paulo.

[http://vimeo.com/17165331]
Saúde Participativa on Vimeo

Fonte : Regina Gomes

Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SPM) e o Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres

Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SPM) e o Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres (CNDM), promovem a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que se inicia com as conferências municipais em 1º de julho e termina em Brasília, no período de 12 a 14 de dezembro, com a presença de mais de três mil mulheres.
A 3ª Conferência terá três etapas complementares: as conferências municipais, que ocorrerão no período de 1º de julho a 31 de agosto; as conferências estaduais, no período de 1º de setembro a 31 de outubro, as conferências temáticas no período de 1º de julho a 30 de outubro e a etapa nacional no período de 12 a 14 de dezembro.
Convocada pelo Decreto Presidencial de 15 de março, a 3ª Conferência tem o objetivo de discutir e elaborar políticas públicas voltadas à construção da igualdade, tendo como perspectiva o fortalecimento da autonomia econômica, cultural e política das mulheres, contribuindo para a erradicação da extrema pobreza e para o exercício da cidadania das mulheres no Brasil.
Autonomia e erradicação da pobreza
As partir de suas perspectivas e realidades locais, as mulheres debaterão a criação de uma plataforma de políticas para as mulheres no âmbito municipal e estadual, à luz dos seguintes eixos temáticos:
I - análise da realidade brasileira: social, econômica, política, cultural e os desafios para a construção da igualdade de gênero, na perspectiva do fortalecimento da autonomia econômica, social, cultural e política das mulheres que contribuam para a erradicação da pobreza extrema e para o exercício da cidadania pelas mulheres brasileiras;
II – avaliação, atualização e aprimoramento das ações e políticas propostas no II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, sua execução e impactos; e definição de prioridades para o próximo período. Todas as discussões da Conferência, sobre as temáticas ou sobre os documentos, deverão incorporar as dimensões de classe, gênero, étnico racial, geracional e da livre orientação e liberdade sexual da sociedade brasileira.
Fonte
SEPM

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Debate 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras na TV Assembléia

O Programa Democracia na Tv da  Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul , oportuniza  o debate  sexta – feira ( 6 ) de maio, sobre as mulheres negras , a iniciativa da casa tradicional de religião de Matriz Africana ASSOBECATY,  que aderiu  o  apelo da Organização das Nações Unidas que institui oME-060511-1514-0014 ano de 2011,  Ano Internacional dos Afro descendentes. Vem contribuíndo com o debate, chamando a atenção da sociedade civil, órgãos públicos para as especificidades desta população.

Jornalista Batista Filho , Prof. Dra. Lucia Regina Brito Pereira  historiadora e coordenadora técnica da organização de mulheres negras  Maria Mulher, Assessora Politica Comunitária Angelica Mirinhã e Mãe Carmen de Oxalá  da Assobecaty,  as duas últME-060511-1514-0006imas pertencem a área da psicologia. A discriminação da mulher negra, a falta desta mulher em espaços de decisão, a carência de estímulo para o empoderamento, e a  questão politica, mas que estão intimamente vinculado à  questão racial aliado a desigualdade de gênero , esses aspectos que  deram o tom do debate, durante 60 min.

O programa é uma chamada para a atividade que irá ocorrer no dia 13 de maio:

DATA: 13 /05/2011, 6ª feira

HORÁRIO : 13:30 Horas

LOCAL: Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, Sala Mauricio Cardoso 4º andar

domingo, 8 de maio de 2011

13 de Maio: Abolição não conclusa para as mulheres Negras do RS, abre debate uma semana antes

ademocraciaO programa Democracia da TV Assembléia, que foi  ao ar nesta sexta -feira, 6 de maio , às 23 horas, com o tema  polêmico  13 de maio para as mulheres negras abolição não conclusa, proposta da ASSOBECATY- Associação Beneficente  Cultural Africana Templo de Yemanjá.  Reuniu a  yalorixá  Carmen de Oxalá que possui trabalho de  pesquisa acadêmica em psicologia  sobre Mulheres Afro- Brasileiras , juntamente com a  assessora e lider de políticas  comunitárias, que  também pertence a área da psicologia Angélica Mirinhã e a relevância da coordenadora técnica da organização de mulheres negras  Maria Mulher,  Prof. Dra. Lucia Regina  Brito Pereira que ocuparam o espaço do Programa Democracia  para debater  a questão da abolição as mulheres negras, pauta  que entrou com força total no estado  do Sul, com uma semana de antecedência. O evento está marcado para o dia 13 de maio, na sala Mauricio Cardoso, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. ás  13:30 horas. O programa tem a Apresentação: Batista Filho Produção: Michele Dariva, Pietra Luah Reis e Simone Magalhães

Quem quiser conferir, durante a semana acontecerão reprises em horários alternativos http://www.al.rs.gov.br/tvassembleia

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Projeto prevê que testemunhas registrem agressão a mulher

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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

O Senado aprovou nesta quarta-feira projeto que permite a terceiros registrar queixa em favor de mulheres agredidas pelos companheiros. Com a mudança, qualquer testemunha da agressão pode procurar a polícia para registrar a ocorrência em favor da mulher agredida, com base na Lei Maria da Penha.

Ao ser criada, a lei previa a "incondicionalidade", permitindo a terceiros registrar as queixas. O STJ (Superior Tribunal de Justiça), porém, interpretou que a própria mulher deveria registrar a ocorrência contra o agressor --o que levou o Senado a retomar a discussão sobre a chama "incondicionalidade" da lei depois que vários Estados passaram a seguir a orientação do tribunal.

O projeto foi aprovado em caráter terminativo pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, por isso segue direto para análise da Câmara sem a necessidade de ser votado no plenário.

Defensora da mudança, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) disse que muitas mulheres não registram queixa com medo de represálias dos companheiros --por isso a proposta avança no direito de defesa das mulheres.

"Estava na hora dessa proteção para a mulher. O que desejamos é que a lei seja usada para que a mulher apanhe cada vez menos e que os juízes não interpretem que uma surrinha de vez em quando não faz mal", afirmou.

PROCESSOS

O projeto aprovado pelo Senado também determina que agressores enquadrados na Lei Maria da Penha não podem ganhar o benefício de ter o processo judicial suspenso por um prazo, ao final do qual podem escapar da condenação.

No final de março, o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou constitucional o artigo 41 da Lei Maria da Penha que rejeita a aplicação de uma outra lei referente aos crimes de menor potencial ofensivo -- que institui o benefício da suspensão condicional do processo.

Se o texto do projeto for mantido na Câmara, para determinados crimes em que a pena mínima é de até um ano e nos casos em que o agressor não é processado por outro crime ou já tenha sido condenado, o processo não pode ser suspenso.

O tema é polêmico, já que em dezembro de 2010 o STJ entendeu que o benefício da suspensão do processo poderia ser aplicado nos casos de agressão doméstica contra a mulher.

O projeto aprovado no Senado estabelece, ainda, prioridade para o julgamento de processos que envolvem a agressão de mulheres.

Fonte : Folha.com

ASSOBECATY LANÇA A CAMPANHA – 13 de Maio Abolição não Conclusa Para as Mulheres Negras

13 de Maio: Abolição não conclusa para as mulheres Negras.

ASSOBECATY- Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá, casa mulheres negras (3)tradicional e entidade da Sociedade Civil, utilizando-se de ferramenta comunitária “RODA DE CONVERSA,” convida a tod@s e todos, para fazermos um exercício de pertença sobre nosso aprendizado social.
Com este método de participação coletiva desenvolveremos várias temáticas durante o ano de 2011.
No diálogo do mês de MAIO, vamos nos expressar escutar mulheres posicionadas na  política do RS.
Aproveitando esta metodologia, bastante utilizada nos processos de intervenção comunitária.
Propiciando um método de participação e intervenção coletiva, acerca de uma temática, através de espaços de dialogo grupal.
Teremos como objetivo central, autonomia e empoderamento das mulheres negras, socializando nossos saberes avançando para uma reflexão voltada para ação.
Este envolvimento terá como pergunta estratégica para instigar nosso imaginário:

Qual sua sugestão para concluírmos  a abolição para as mulheres negras gaúchas ?
Qual é o lugar que ocupam as mulheres negras no espaço político do RS?
Por meio da problematização da socialização de saberes vamos realizar troca de experiências nas conversas, e discussões que surgirão.
Nossa disposição está concentrada na busca e socialização do conhecimento de todas as envolvidas.
Que poderá estar circulando nesta roda de reflexão voltada para ação que só acontecerá, com seu comparecimento.

APOIO:

Conexão Afro

Central de Movimentos Populares

Associação Conexão Comunitária

Projeto Mocambo

Grupo de Trabalho Angola Janga

Associação Cultural Sawabona Shikoba

Bibilhoteca Comunitária João Cândido

Coordenadoria de Igualdade Racial de Canoas

Associação Socioeducativa Ambiental – ONG Uriel

Secretaria de Políticas para as Mulheres

 

 

Data: 05/05/2011

A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) lança, na próxima semana, dois Editais para seleção de projetos. Um é sobre o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. O outro, envolve duas linhas de financiamento: apoio a Organismos de Promoção de Direitos e de Políticas para as Mulheres e incentivo à Autonomia Econômica e Social. Assim que forem publicados, as informações estarão disponíveis no site da SPM: www.sepm.gov.br.

domingo, 1 de maio de 2011

Carta aberta ao Movimento Negro em geral e ao Movimento de Mulheres Negra, em particular.

URGENTE!!! QUANDO O MACHISMO E RACISMO SE ENCONTRAM NA UNIJORGE!!!!REPÚDIO Á ESTA AÇÃO MINHA GENTE. VAMOS ESPALHAR ESTA PATIFARIA!!!!!

Carta aberta ao Movimento Negro em geral e ao Movimento de Mulheres Negra, em particular.

Comunico às organizações de Movimento Negro e demais Movimentos Sociais e, em especial, às irmãs que compõem as organizações de movimento de Mulheres Negras, que eu, estudante do quinto semestre de Historia UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado-  fui agredida com um tapa na cara por um estudante que compõe a organização do Simpósio de História “Pesquisa histórica na Bahia” na referida faculdade.

Fui agredida fisicamente (com um tapa na cara!) por um homem branco, estudante, como eu, do 5° semestre do curso de história da UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado. Enfatizo esse dado, por sabermos que o racismo e o machismo se articulam o tempo todo, para impedirem que pessoas como eu (preta “estilo favela!”) possam representar uma pequena minoria do curso de história (brancos, e classe média). Atualmente ocupo a posição de Coordenadora Acadêmica do Centro Acadêmico União dos Búzios, representação legítima dos estudantes do curso de história dessa Instituição.

Inicialmente, estávamos organizando com a coordenação do Curso de História uma atividade acadêmica (o simpósio de história); Entretanto, da noite pro dia fomos retirados da organização com a explicação de que o evento não deveria ter envolvimento do movimento estudantil, por parte um dos palestrantes, e que não iríamos assinar os certificados por quem estava organizando era a instituição.

Quando chegamos, no dia anterior ao fato, encontramos esse grupo de estudantes com a camisa da organização do evento (que até então era da universidade), fizemos algumas intervenções falando sobre a institucionalização da atividade do movimento estudantil e sobre a apropriação intelectual da atividade. (Tudo isso causou incômodo à organização do evento – Coordenação e estudantes envolvidos no processo)

Quando cheguei à atividade, no dia seguinte, fui impedida de assinar a lista de presença, que me legitimaria ganhar o certificado de carga horária do evento. Todas as pessoas assinaram, quando chegou a minha vez a organização da atividade recolheu a lista, e eu perguntei num tom alto no meio da palestra: ‘por que vou assinar a lista lá fora, já que todos assinaram aqui dentro?’ Na mesma hora todo mundo parou e me olhou... Esperei o evento acabar e chamei a coordenadora do curso pra pedir explicação, a mesma não deu atenção, acabei não comunicando sobre o ocorrido. Quando sai do evento me dirigi até o LUCAS PIMENTA (o agressor) e perguntei: ‘posso assinar alista?’ Ele disse: “você é muito mau educada!”, eu o interrompi e falei, ‘não quero te ouvir, só quero saber se posso assinar, caso contrario vou conversar com a coordenação’. E ele disse: “Você ta tirando muita onda, não é de agora que eu to te aturando!” E me deu UM TAPA NA CARA! Quando eu falei que Eu sou oriunda do Movimento Negro, do Movimento de Mulheres Negras, e que não ia deixar barato que ia acionar a Lei Maria da Penha pra ele, ele se curvou e foi segurado pelos colegas enquanto tentava me dar murros.

Ao dizer “você ta tirando muita onda”  e em seguida me agredir o Sr Lucas Pimenta  revelou um sentimento de insatisfação, não apenas dele, isoladamente, mas de muit@s outr@s diante do fato de eu ser Coordenadora Acadêmica no CA de História da Jorge Amado. O fato de estarmos adentrando o espaço acadêmico, por si só, já fez membros da elite branca sentirem-se ameaçados. Mas, esse tapa na cara ocorre em retaliação a um fato mais insuportável ainda, para Lucas e demais membros da elite racista desse país: sou Negra “favelada”, jovem e o represento, em um espaço que o projeto genocida de Estado brasileiro historicamente reservou para os branc@s

Por essas razões, conclamo meus irmãos e em especial às minhas irmãs para amanhã, na extensão desta atividade, manifestarmos politicamente a nossa indignação e repulsa, diante desse caso inequívoco de machismo e racismo.

Onde? Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE (Paralela)

Concentração: 18h, praça de alimentação.

Nairobi Aguiar 

71 81256549

Atenciosamente

Giseane Marques Lins

Administradora